Somos os mortos que andam
Sem alma e sem tino
Rompendo a metrópole, pulsando o sangue
Sangue que fingimos não ver escorrer.
Somos as bestas sem olhos
Rondando calçadas povoadas de dor
Com os mesmos passos desvairados
Com os quais seguimos nossa caça cotidiana
Somos a árvore seca do mundo
Imóvel, inútil e indiferente
Arrastada pelo tempo
E vagando pelo mundo sem destino certo
Estamos no centro, somos o núcleo
Protagonistas de um mundo escravizado
Sugamos toda a luz ao nosso entorno
E a transformamos em absolutamente nada.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Terra Infértil
Escrito por
Mariana
às
00:22
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