E a gente fica aqui esperando. Que faça sol, que você volte, que o barulho dessas buzinas de merda não me acordem de manhã cedo ou que aconteça um milagre, e mude nossa vida de uma vez só. Esperando que você chegue arrombando a porta e dizendo que eu sou a mulher da tua vida.
E fico sozinha, jogada nessa cama grande demais, contando os mosquitos do teto e fingindo que são estrelas. Fingindo que não sinto essa falta gigante que não cicatriza. Fingindo que talvez em outra dimensão em outro tempo em outro plano você está aqui. Fingindo que esses sonhos de merda que eu tenho toda noite, da gente feliz em algum lugar do mundo, não são uma tentativa doente de não te deixar ir.
Minha cabeça lateja de ressaca e de saudade. Lateja com meus demônios se vingando de mim por ter tentado afogá-los com o whisky que eu roubei do teu armário. Com tua voz no telefone antes de você desligar sem dizer tchau. É essa minha mania de lembrar de você o tempo todo. Ontem eu bebi fernet, porque é o que você tomaria se a gente deixasse de ser idiota e você tivesse comigo.
Porque deveríamos.
domingo, 14 de abril de 2013
A falta.
Escrito por
Mariana
às
20:02
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