quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Eu não me reconheço em ti.

É agradável, sereno
Satisfaz e não embriaga,
mas não é minha armadilha.
Não rompe a carne, não sangra o peito

Porque de paz, só quero a vida.
De ti quero o grito, o riso alto e descontrolado.
O gemido rouco e abafado.
A insônia e o fogo do reencontro.


Somos a fuga rápida, os caminhos divergentes.
O brilho nos olhos que nunca existiu.
As bocas trêmulas, que se enconstam e separam com o mesmo ardor.

E a nossa dança ainda encanta. Incomum, inesperada.
Não faz lembrar os outros bailes.
Faz chorar transeuntes ávidos
Que sentem, solitários, nossa dor fingida.
Se incomodam que seja o nosso último ato.






['Cause nothing last forever even a cold november rain.]

3 comentários:

Anônimo disse...

Delícia de post, viajei muito nele porque acho que já senti isso que você explicou tão bem nessa poesia.

Porque de paz, só quero a vida.
De ti quero o grito, o riso alto e descontrolado.
O gemido rouco e abafado.
A insônia e o fogo do reencontro.

Perfeito! Haha :)
Beijo, princesa

Anônimo disse...

Anônima Jeanne, prazer!

Gustavo disse...

O texto tava ótimo, mas vc terminou citando November Rain do Guns n´ Roses rss aí estragou rsss

Mas eu gostei. Gostei.

Falando em memória [que você fez o comentário], escrevi novamente sobre esse mesmo assunto.